A inflamação dos bronquíolos é o grande terror para os bebês menores de dois anos e é fundamental procurar atendimento médico a qualquer sinal de piora. Entretanto, os sintomas costumam melhorar dentro de sete dias com práticas simples e eficazes que podem ser realizadas dentro de casa.
É só sair a palavra bronquiolite na boca dos profissionais da saúde que os familiares já começam a se preocupar com a saúde dos seus pequenos. Tendo início como um resfriado simples e se agravando muito rapidamente, a bronquiolite, ou seja, inflamação dos bronquíolos, afeta principalmente bebês menores de dois anos.
Uma vez que o sistema imunológico ainda está em formação nos primeiros anos de vida, os bebês são mais vulneráveis ao vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da doença que tem causado a internação e morte de muitas crianças pela Síndrome Respiratória Aguda Grave. Os números assustam: segundo a plataforma Infrogripe, da Fundação Oswaldo Cruz, até o dia 20 de julho deste ano, foram registrados mais de 22 mil casos em crianças de até 2 anos; com quase 200 mortes.
Tatiana Portella, pesquisadora do Infogripe, aponta que uma testagem viral mais eficiente em pacientes com síndrome respiratória da bronquiolite começou a ser mais frequente com a pandemia de covid-19, assim, o vírus passou a aparecer consequentemente em números mais significativos. As crianças contaminam-se principalmente por meio de secreções e por contato, aumentando o risco de infecção daquelas que passam o dia em creches e locais fechados.
Tosse, febre, obstrução nasal, falta de apetite, coriza e, às vezes, chiado no peito. Os primeiros sintomas são muito similares com os de uma gripe comum e normalmente melhoram dentro de sete dias, podendo ser tratados em casa com repouso, hidratação, umidificação do ar e higiene nasal.
– Repouso
O repouso é super importante para combater o vírus e acelerar a recuperação. Logo, não é recomendável sair com o bebê ou mesmo levá-lo para a creche ou escola.
– Hidratação constante
Ofertar muitos líquidos é essencial para não o bebê não desidratar.
– Evitar locais com poeira
Importante para evitar complicações da doença. Além do mais, é ideal manter o quarto do bebê limpo e arejado, sem poeira ou mofo, ou objetos que possam acumular poeira e lavar a roupa de cama com frequência. É recomendável também evitar o contato do bebê com fumaça de cigarro.
– Manter o ar bem umidificado
Pode-se utilizar um vaporizador, um umidificador ou deixar uma bacia de água no cômodo, claro, longe do alcance do bebê. O ar umidificado é importante para ajudar a eliminar as secreções respiratórias e aliviar a congestão nasal. Também é essencial manter o nariz do bebê sempre limpo.
Em muitos casos, uma vez que o corpo faz o papel de eliminar o vírus, não é necessário o uso de remédios para tratar a bronquiolite. Entretanto, se o bebê estiver apresentando significativa dificuldade para respirar, dedos roxos e afundamento dos músculos da costela e boca, é imprescindível procurar rapidamente um atendimento médico.
Segundo a Agência Brasil, ainda não há vacina infantil para o vírus causador da bronquiolite. Contudo, a Anvisa autorizou o uso de uma vacina para gestantes que vai repassar anticorpos para o feto.
Fonte: Fiocruz, Agência Brasil e Tua Saúde.
https://www.tuasaude.com/tratamento-para-bronquiolite/#google_vignettehttps://portal.fiocruz.br/noticia/bronquiolite-conheca-os-sinais-e-saiba-como-tratar
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-07/complicacoes-causadas-por-virus-sincicial-respiratorio-crescem-em-2024