Idosos diabéticos podem apresentar outros problemas de saúde; saiba como cuidar da doença que atinge quase 7% da população brasileira

A prática de atividades físicas e o estabelecimento de hábitos alimentares mais equilibrados são fundamentais para prevenção e também para o próprio tratamento da diabetes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil conta atualmente com mais de 13 milhões de pessoas com diabetes, representando 6,9% de toda população. A diabetes, que carrega o nome científico de diabetes mellitus, é uma doença crônica, ou seja, condição que não resolve-se em curto tempo, não transmissível e hereditária.

O tipo 1 da diabetes tem causa desconhecida e é prevenida com práticas saudáveis. Já o tipo 2, que acomete aproximadamente 90% dos pacientes diabéticos no país, acontece pela falta de aproveitamento da insulina produzida pelo corpo e está relacionado de modo direto ao sedentarismo, hipertensão, triglicerídeos elevados e hábitos saudáveis não adequados.

Uma vez que a população de idosos no país está crescendo cada vez mais por causa da expectativa de vida, é importante ficar por dentro dos cuidados necessários com idosos diabéticos. De acordo com o médico e doutor em endocrinologia Mateus Dornelles Severo, o paciente acima dos 60 anos está sujeito às mesmas complicações que um paciente jovem no enfrentamento da doença. Contudo, pela idade, os problemas cardíacos e vasculares se apresentam com muito mais risco.

Quando comparado ao não diabético, o idoso que vive com a doença é mais propenso a apresentar dificuldades de se locomover, quadros depressivos, quedas e consequentes fraturas, dores crônicas, problemas cognitivos e incontinência urinária. Além do mais, quando não há controle da doença, a cicatrização da pele de quem tem diabetes tipo 1 é muito mais dificultosa. 

Para garantir humanidade e conforto na melhor fase da vida, é muito importante que os cuidadores e familiares fiquem atentos aos sinais apresentados pelos idosos. O médico endocrinologista ainda esclarece que a pouca presença de açúcar no sangue, isto é, hipoglicemia, é muito comumente confundida com doenças neurológicas em idosos com diabetes, por apresentar sintomas como tontura, delírio, confusão e fraqueza.

A prática de atividades físicas é a resposta tanto para prevenir como para tratar a diabetes. Pacientes diabéticos apresentam melhoras significativas quando adotam um estilo de vida mais equilibrado, combinando uma alimentação mais saudável com exercícios.

Além do mais, os familiares devem ficar atentos também em outros aspectos da saúde dos idosos diabéticos. O paciente idoso com diabetes deve manter:

– Ótimos níveis de pressão arterial e de colesterol;
– Idas regulares ao oftalmologista, uma vez que a doença aumenta o risco de perda de visão;
– Avaliação da função renal sempre em dia para prevenir insuficiência renal;
– Cuidados com os pés, já que os idosos não conseguem verificá-los de forma regular.  

É necessário ficar atento também ao diagnóstico de pré-diabetes, que acontece quando os níveis de açúcar no sangue estão altos mas não tanto para configurar um tipo 1 ou 2. Segundo estudos, metade dos pacientes que são diagnosticados com o quadro desenvolvem algum tipo mesmo com todas as orientações médicas.

https://diabetes.org.br/manejo-do-diabetes-mellitus-no-paciente-idoso-4/

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/diabetes#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20Sociedade,%2C%20tabaco%20e%20outras%20drogas